9 de out. de 2007

Maldição - Olavo Bilac

Se por vinte anos, nesta furna escura,
Deixei dormir a minha maldição,
Hoje, velha e cansada da amargura,
Minha alma se abrirá como um vulcão.

E, em torrentes de cólera e loucura,
Sobre a tua cabeça ferverão
Vinte anos de silêncio e de tortura,
Vinte anos de agonia e solidão...

Maldita sejas pelo ideal perdido!
Pelo mal que fizeste sem querer!
Pelo amor que morreu sem ter nascido!

Pelas horas vividas sem prazer!
Pela tristeza do que eu tenho sido!
Pelo esplendor do que eu deixei de ser!...


Esse poema não terá imagem, pois esta seria pesada demais para colocar aqui.

Um comentário:

Jaque Cabral disse...

"Maldita sejas pelo ideal perdido!
Pelo mal que fizeste sem querer!
Pelo amor que morreu sem ter nascido!"

Olavo Bilac tinha uma sensibilidade para enxergar o mundo e o sentimento das pessoas que me encanta. =)


beijo lih