30 de mar. de 2010

A desconstrução das certezas absolutas.

"Vocês, para entrarem aquim tiveram que dar respostas certas para as diversas perguntas do vestibular. Agora, nesses 5 anos, chegou a hora de desmontar todas as certezas; e, quando não restar mais nenhuma certeza absoluta, aí sim vocês poderão sair daqui e viver como seres humanos."


Professor Geraldo Prado, na Palestra sobre Acesso à Justiça realizada no dia 30/03/2010 na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.



Nem preciso dizer o impacto dessas palavras na vida de qualquer pessoa. De fato, a descontrução das certezas absolutas é um dos passos para a aprendizagem, para o conhecimento, porque só quando nos permitimos conhecer e digerir novas ideias é que podemos adquirir um algo a mais. Muitas pessoas se apegam às suas convicções e simplesmente as carregam a vida inteira como corretas e absolutas. É uma opção, evidentemente. Longe de mim está julgar alguém pelas escolhas que faz na vida, mas quando se trata de aprendizagem, é certo que as "certezas absolutas" são uma pedra no caminho.
Achei bastante interessante a colocação do professor, principalmente porque ultimamente tenho acabado com muitas certezas e, graças a isso, tenho me proporcionado experiências muito esclarecedoras. No fundo, tudo é incerteza; nós é que temos essa necessidade de escolher algo como certo para nos dar um pouco de conforto e praticidade.
Discutir sem chegar a uma conclusão parece uma perda de tempo nos dias atuais. E as certezas absolutas são os pontos finais de qualquer discussão.

Um comentário:

Pedro Nunes disse...

Se Clarice já dizia que "Por não ser, era.", depreender aquilo que você não é pode ser tarefa mais fácil do que determinar o que você de fato é.

A desconstrução de nossas próprias idiossincrasias parece ser uma tônica da condição humana.
Parabéns pelo post. :]