19 de abr. de 2010

Escrever.



O que fazer com o que eu sinto? Não há nada a fazer senão escrever... Não há outro meio de expressar esse fluido inexplicável capaz de alterar e desequilibrar toda uma estrutura perfeitamente montada e organizada. Não há melhor maneira de externar uma desorganização do que escrever. Afinal, as palavras podem ser bem desordenadas, podem excluir o nexo e o sentido daquilo que se quer transmitir. Escrever é dar vida ao sentimento, é deixar que ele transborde os limites do corpo e da mente e passe para outro plano: o do leitor. Quem lê é receptor dessa energia estranha, que se enche de várias subjetividades quantos forem os leitores. Escrever é entregar a própria alma a um desconhecido destinatário, que, no fim, irá transformá-la em parte de sua própria existência.

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