12 de jun. de 2010

Ter tempo. Nossa, como é bom ter tempo. Tempo para poder pensar no nada, tempo para poder olhar qualquer simples detalhe que passaria despercebido na correria do cotidiano. Por que para mim é tão difícil abrir mão desses momentos? É inexplicavelmente uma necessidade, é como um sopro de vida que é em mim fundamental. Posso agora respirar e desligar o piloto automático.
Desacelerar é preciso. Saber olhar o mundo com olhos descansados também. Rejuvenesce a alma, preenche o espírito.
E escrever...
Escrever é meu ópio, meu remédio para o tédio e para o cansaço. Escrever é como dar vida a uma canção sem ritmo, é tirar uma parte de mim mesma que está em desacordo (ou não) com todo o conjunto. Eu amo escrever, amo o milagre de poder transmitir um pouco da minha alma a alguém, de afetar alguém, mesmo que seja pelo não gostar. Não escrevo para que alguém goste, escrevo porque é uma necessidade, porque não há viabilidade de viver sem as palavras.

Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida." (Clarice Lispector)

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